Está cada vez mais difícil ter tempo para consumir conteúdo nos dias de hoje, principalmente com o volume de informação oferecido atualmente pelos canais, sejam os tradicionais ou não (TV, portais, rede sociais etc.). Diante desse cenário, as pessoas têm selecionado cada vez mais o conteúdo que vão consumir – algumas vezes de forma equivocada, inclusive -, por isso se acostumaram a filtrar informações de acordo com interesse, qualidade, formato em que são oferecidas, entre outros. Isso é também uma realidade nas organizações e vencer essa barreira para acertar no conteúdo é um desafio que precisa ser superado pelos jornalistas de empresa.
Tudo deve começar com a definição e a separação dos públicos que vão receber o conteúdo. É preciso classificar cada um deles – usando personas, por exemplo – com base em critérios de relevância para o negócio, como comportamento, região de atuação, escolaridade etc. Há informação que deve chegar a todos os colaboradores, mas há outras que podem ser direcionadas. Dessa forma, ganha que recebe, ganha quem produz.
Procure estipular métricas e indicadores e estudá-los. Números podem explicar muito, podem justificar ações, posturas identificadas e feedbacks. Além disso, indicadores são excelente ferramenta para análise e tomada de decisão, logo, por que não usá-los na comunicação corporativa? Calcule, analise, critique e questione. Sempre.
Outra estratégia fundamental e já bastante comum em diversas equipes de comunicação, mas ainda muito ignorada por outras, é escutar com atenção o que os receptores do conteúdo têm a dizer. É imprescindível à atividade do jornalista de empresa, nos dias de hoje, dar atenção aos colaboradores e deixar a porta sempre aberta para comentários, críticas e contribuições.
Com a agilidade na transmissão de informação e, principalmente, o volume de conteúdo produzido, se tornou praticamente impossível trabalhar baseado em achismos. Muitos costumam dizer que é o “fim do feeling“. A dica é: estude seu público e produza conteúdo considerando o formato preferido, a periodicidade ideal e o desafio de conciliar a entrega de informações que sejam naturalmente de interesse com as que precisam ser estrategicamente transmitidas. Esse é o pontapé inicial para uma produção pensada para o consumidor.
Gabriel Rocha
9 comentários sobre “O desafio de produzir conteúdo para quem o consome”