Zelar pela reputação da empresa, estabelecer posicionamento nos diversos canais de comunicação disponíveis, articular contatos com stakeholders e, para conseguir fazer tudo isso, agir rapidamente, com precisão e eficiência. Se achou essa introdução complexa, imagine agir assim sob pressão, diante de uma crise que pode gerar impactos social, ambiental e econômico para a organização para a qual trabalha. Em diversos momentos o profissional de comunicação corporativa passa por situações como essa e precisa, sem dúvida, estar preparado.
Colaboradores em primeiro lugar. Os canais de comunicação interna devem ser os primeiros a serem abastecidos, para que as informações sejam disseminas internamente e possam, assim, ser depois replicadas. Atualmente, com o excesso de mensagens e boatos em circulação é preciso tomar cuidado e ser cauteloso ao compartilhar qualquer tipo de conteúdo. Fornecer informação de credibilidade, apurada por profissionais especializados em produção de conteúdo é um caminho para reduzir possíveis impactos, mesmo que a mensagem não chegue de imediato ao público em questão.
“Para fora”. Paralelamente à equipe de comunicação interna, os assessores de imprensa e os responsáveis pelo gerenciamento de redes sociais estarão trabalhando na elaboração do posicionamento para ser compartilhado nas páginas e nos perfis oficiais e enviado por meio de nota aos jornalistas de redação que estejam cobrindo a ocorrência que desencadeou a crise. A transparência é o melhor caminho, de nada adianta se omitir diante do que já é público. As complicações podem ser, até mesmo, amplificadas.
Não se esqueça dos demais stakeholders, afinal, nem só com mídia se faz comunicação. O contato presencial com as comunidades impactadas, as ligações para fornecedores e clientes e o próprio relacionamento com Governo são fundamentais. Nesses casos, o jornalista de empresa pode – e deve – contar com apoio de áreas diretamente envolvidas com esses públicos.
Atuar em modo de crise é desafiador e exige intensos esforços. A rotina é alterada e a equipe passa a trabalhar, praticamente, baseada em um plano de ação específico, que precisa, inclusive, ser elaborado cuidadosamente e aprovado por gestores de áreas de interface com a ocorrência, seja ela qual for. A equipe precisa estar preparada, trabalhar de forma articulada, com processos bem definidos e expertise para cada necessidade que possa aparecer. Dessa forma, o time pode dar conta do recado. Preparo, alinhamento, sincronia e qualidade técnica neste caso são os fatores de sucesso.
Gabriel Rocha
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