Jornalista de empresa também forma opinião

Há, mais do que nunca, uma grande discussão sobre o atual papel da imprensa enquanto formadora de opinião, isso não é novidade. Com a circulação cada vez mais intensa de informação, com o dinamismo proporcionado pelas redes sociais e o surgimento das fake news, uma apuração de qualidade passou a ser ainda mais importante – e deveria ser, também, cada vez mais valorizada. Mas há relação entre apuração e formação de opinião? Muita. Seja nas redações ou nas empresas, as informações precisam ser apuradas corretamente para que sejam organizadas e, então, reportadas com precisão. É uma responsabilidade imensa, mas é para isso que são capacitados os jornalistas.

Nas organizações, o profissional de comunicação trabalha para informar aos colaboradores, é o produtor de conteúdo oficial. No entanto, o trabalho não se resume a replicar mensagens, simplesmente. À medida que o jornalista de empresa produz conteúdo, seja em texto, fotografia ou audiovisual, ele forma opinião. É o olhar de quem conhece – ou ao menos deveria conhecer – o negócio, aliado a uma seleção estratégica, que faz a diferença no direcionamento dos colaboradores.

Outra função importantíssima exercida pelos jornalistas de empresa é a de combate às fake news. Uma apuração de qualidade, com consulta a boas fontes e checagem detalhada das informações, evita a distorção dos fatos e impede a propagação de boatos pelas unidades da organização e pelas redes sociais, inclusive. O WhatsApp, ferramenta de mensagens instantâneas mais usada pelos brasileiros, possibilita a rápida disseminação de informações, mas é possível confiar em tudo o que é compartilhado? Vale aguardar o posicionamento oficial da empresa.

Para que os colaboradores queiram consultar a informação oficial e não se satisfaçam apenas com o que recebem inicialmente – o que pode ser prejudicial para a empresa -, é preciso conquistá-los. Credibilidade não surge de uma hora para outra, é algo que se constrói com o tempo. Ganhar a confiança dos colaboradores não é fácil e pode, inclusive, levar um certo tempo, mas se o conteúdo passado pela equipe de comunicação corporativa for útil, bem produzido e fácil de ser consumido, será, no máximo, questão de tempo. Não há saída, os canais oficiais de comunicação interna se tornarão referência para consulta.

Mesmo trabalhando para a empresa, atuando a favor do corpo gestor da organização, o jornalista não deve deixar de lado o ceticismo, a capacidade crítica e o questionamento, características marcantes da profissão. O profissional de comunicação interna precisa sim lapidar as informações para chegar às melhores abordagens, corretas, sinceras e transparentes. Impedir manipulação da informação e até mesmo manobras políticas ou de gestão é um exercício de ética, um serviço prestado aos colaboradores. Clareza e transparência beneficiam, no final das contas, a própria gestão da empresa, que ganha a confiança dos colaboradores, que passam a ser respeitados independentemente da hierarquia ou de posição no organograma.

Como é a transmissão de informações na sua empresa? Não há uma equipe devidamente preparada? Entre em contato para saber por onde começar.

Gabriel Rocha

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