É praticamente impossível, nos dias de hoje, se dedicar a um único público. Por mais específica que seja uma ação executada por profissionais de uma organização, independentemente do setor de atuação, haverá desdobramentos que tornarão inevitável o relacionamento com diferentes públicos. Os perfis são variados, as necessidades mudam a cada caso, os interesses podem ser conflitantes, enfim, há uma imensidão de desafios que aparecem quando são considerados os diferentes stakeholders de um negócio. O que mais importa aqui é saber que, quando for necessário adotar alguma medida relacionada a um desses públicos, é preciso saber exatamente como agir e a quem direcionar cada mensagem ou tratativa.
Em alguns casos, é possível antecipar necessidades e providências, mas isso não é uma regra. Nem sempre é possível prever quando será preciso acionar um determinado contato, estabelecer uma parceria ou promover ações para um público específico. A única certeza é que todo profissional se relaciona com inúmeros stakeholders diariamente e na comunicação corporativa não é diferente: colaboradores, alta gestão da empresa, jornalistas da imprensa, Governo, comunidade e internautas são simplesmente alguns exemplos de contatos com os quais o jornalista de empresa precisa manter bom relacionamento. Mantenha os líderes ou representantes de cada público sempre mapeados, quando for necessário recorrer a eles pode ser tarde para descobrir de quem se trata.
Na comunicação interna, por exemplo, podem ser facilmente percebidas as situações em que o jornalista precisa considerar a interface de diferentes públicos: à frente de greves, há sindicato; em situações que envolvem clima organizacional, há gestores; em mudanças de processos ou ferramentas, há responsáveis da área que implementa a novidade; quando há apuração, há fontes e personagens. Comunicação é contato, relacionamento, não há outra saída.
Quando a reputação da empresa está em jogo, o jornalista de empresa também precisa atuar em diversas esferas, que envolvem diferentes stakeholders: imprensa para garantir posicionamento oficial e porta-voz; redes sociais para publicação rápida e constante de informações oficiais, garantindo transparência; Governo, por conta de assuntos que podem envolver parcerias ou questões regulatórias; comunidade, para esclarecimentos e como forma de prestação de contas etc. É importante lembrar que os stakeholders podem ser, também, boas fontes para consulta ou até mesmo para ajudas em situações complexas. Já deu pra perceber que é preciso mapeá-los, não é?
Nem todas as situações são previsíveis, portanto, organize-se. Seja por meio de planilhas, bloco de notas, sistemas próprios para cadastro de contatos, mantenha os stakeholders mapeados. É importante que as informações estejam completas – nome, cargo, empresa, telefone, e-mail, endereço e o que mais for necessário – e organizadas, seguindo subdivisões e critérios que facilitem a busca. Dessa forma, quando for necessário transmitir informações a um deles, o tão precioso tempo poderá ser destinado inteiramente à produção do conteúdo – como deve ser, de fato.
Está com dificuldade para mapear os stakeholders de seu negócio ou não consegue classificá-los de forma correta? Entre em contato.
Gabriel Rocha
7 comentários sobre “Nunca deixe de mapear seus stakeholders”