Muito se fala, nos dias de hoje, sobre o uso de números, indicadores e estatísticas para guiar o trabalho de comunicação corporativa, afinal, números levam à exatidão e, por isso, tornam maiores as chances de acerto. Concorda? Há mais sobre o assunto no blog, em um texto sobre o “fim do feeling“. No entanto, não podemos abandonar a criatividade e, principalmente, a estratégia, que muitas das vezes pode não ser o tema de maior interesse dos colaboradores.
Com internet, redes sociais, ferramentas e métodos de marketing digital, além de machine learning, big data e internet of things, é cada vez mais certo de que nada é por acaso. Praticamente tudo pode ser medido e mensurado, ações podem ser planejadas e projetos, acompanhados com cada vez mais indicadores. Chega a ser difícil pensar em soluções que fujam de padrões, inclusive na comunicação corporativa, que tende a se tornar quase que uma ciência exata. Mas é aí que o jornalista de empresa entra em cena para impedir esse movimento. Humanizar a comunicação com colaboradores ainda é um dos principais desafios nas organizações e criatividade, bom senso e intuição podem ser grandes diferenciais.
Um dos motivos que direcionam os profissionais de comunicação interna a usar resultados de pesquisas, grupos focais, informações vindas de gestores e indicadores dos próprios canais de comunicação é compreender os anseios e a preferência da audiência para que o conteúdo seja pensado com foco no usuário. Até aí tudo bem, o que não pode acontecer é deixar que os números determinem as diretrizes e a pauta por completo.
As matérias ligadas à estratégia da empresa podem não ser as que mais despertam interesse do público interno, mas são exatamente essas que transmitem as principais mensagens da organização aos colaboradores. Mensagens, essas, que são preparadas pelos jornalistas de empresa considerando orientações e diretrizes da alta gestão. O planejamento estratégico é o que guia projetos, atividades, iniciativas e investimentos, por isso, quando o colaborador entende do assunto e compreende a trajetória proposta para a empresa, passa, naturalmente, a ser mais produtivo e eficiente no trabalho.
Dados e estatísticas devem servir como guias, mas não podem ser encarados como determinantes para a produção de conteúdo. Números podem auxiliar na interpretação dos perfis de público, nas preferências e no comportamento dos usuários, no entanto, cabe ao profissional de comunicação interna oferecer conteúdo estratégico e buscar mecanismos que incentivem o consumo por parte dos colaboradores. Isso acontece na empresa em que trabalha? Se precisa de ajuda com a estratégia de comunicação interna do seu negócio, entre em contato.
Quer ler o texto sobre o uso de números e dados para a tomada de decisões? Então clique aqui. Para ler mais sobre intuição – a soma de experiências, conhecimento e formação -, clique aqui.
Gabriel Rocha
6 comentários sobre “Mantenha o foco no usuário, mas entregue conteúdo estratégico”