Comunicação interna: não aposte sempre todas as fichas

Apostar fichas na comunicação internaAlém de produzir conteúdo estratégico para a comunicação interna, o jornalista de empresa atende a demandas vindas de diversas áreas da empresa, seja por conta de alguma necessidade particular ou devido a alguma diretriz corporativa. Nesses casos, antes de apresentar todas as possíveis soluções, é preciso avaliar individualmente cada pedido e sugerir um cronograma de divulgação condizente com cada ação, projeto ou iniciativa.

Apostar todas as fichas sempre, em todos os momentos, não é uma boa saída. Nesse texto, você vai descobrir os motivos.

Relevância

É extremamente importante conhecer o negócio e a situação atual da empresa para a qual trabalha, não me canso de repetir. Compreender o cenário para ter a real dimensão de cada demanda e, com isso, avaliar a importância e a relevância da pauta para os colaboradores é fundamental.

De nada adianta dominar todos os canais de comunicação interna, conhecer os processos de atualização e ser um bom produtor de conteúdo, se não houver direcionamento estratégico, ou seja, se o jornalista de empresa não souber dimensionar os recursos para cada tipo de demanda. Recomendo concentrar-se no imprescindível e avaliar com cautela a real necessidade de ampliar a atuação.

Impacto

A segunda reflexão a ser feita é quanto ao impacto que será gerado com determinado plano de divulgação. Depois de compreendida a necessidade, é preciso ter clareza sobre qual público será atingido e se, para isso, é realmente necessário usar todos os canais ou pensar em divulgações extras, fora do padrão de rotina.

A repercussão que determinada iniciativa terá é um fator que auxilia – ou deveria auxiliar – diretamente na decisão, já que contribui para que o jornalista de empresa avalie o nível de exposição do conteúdo e a forma como devem ser transmitidas as informações no momento.

Esforço

Cada entrega demanda um esforço da equipe e na comunicação interna não é diferente. Ter processos estruturados, colaboradores engajados e dedicados no time, com qualidade técnica elevada, e recursos financeiros disponíveis são fatores que ajudam na eficiência, mas o ponto aqui é outro: vale a pena o esforço?

Avaliar quanto tempo será dedicado aos produtos e ponderar o custo com homem-hora faz total diferença. Diante de um cenário claro, em que é possível avaliar o esforço para cada trabalho, é papel do jornalista de empresa ponderar o uso – ou não – de todos os canais. Esse critério não pode ser dispensado.

Elemento surpresa

Elemento surpresa da comunicação internaPensar fora da caixa é uma regra bastante clara quando o assunto é comunicação corporativa. Buscar soluções inovadoras e criativas é obrigação dos jornalistas de empresa, disso todos nós sabemos. Mas manter um elemento surpresa para ser usado em ocasiões importantes, de destaque, é sempre bom. E faz sentido.

Tratar todas as demandas ou ações, projetos e pautas da mesma forma, com a mesma abordagem, não é indicado. Dar sempre o mesmo tratamento para campanhas diferentes de endomarketing é ruim – vale o cuidado para não sobrecarregar os colaboradores com muitos produtos em todo tipo de divulgação. O profissional de comunicação interna precisa ter clareza sobre o que deve ou não receber mais destaque nos canais. E é aí que pode ser muito bom ter uma carta na manga.

Gabriel Rocha

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