Jornalismo nas Empresas

Diferentes formas de estruturar equipes levam, naturalmente, a diferentes modelos de organização do trabalho. Muito se fala sobre formar um time completo internamente, na própria organização, e sobre contratar serviços de terceiros. Clipping, produção audiovisual e design costumam ser, por exemplo, atividades que são, em algumas empresas, terceirizadas. Nesse post, o assunto é design. Quais os aspectos positivos e negativos de se ter uma agência externa contratada?

Antes de mais nada, costuma ser mais barato para a empresa manter uma agência terceirizada do que primarizar um profissional e o deixar à disposição da equipe para quando for necessário. É claro que cada gestor age de acordo com o tamanho da equipe, com a demanda e com as necessidades específicas, mas, de forma geral, terceirizar o serviço gera economia.

Outro ponto é que é possível usufruir da expertise de profissionais especializados na atividade. Não que os colaboradores de grandes organizações não sejam capacitados para trabalhar com design, mas nas agências o trabalho é dedicado, a expertise é desenvolvida a cada dia, sem envolvimento com outras atividades, como acontece no dia a dia do jornalista de empresa, por exemplo. Por fim, o olhar externo sempre pode agregar valor ao produto, afinal, diferentes pontos de vista tendem a ser construtivos.

Por outro lado, esse mesmo olhar externo pode, muitas das vezes, prejudicar o entendimento de conceitos ou mensagens que precisem ser trabalhados, sem falar no conhecimento do negócio, propriamente dito. Por ter diversos clientes, os profissionais de agência nunca vão se especializar em produzir materiais sobre segmentos específicos do mercado. Além disso, não estar inserido no ambiente corporativo e, portanto, ter pouco contato com a realidade da organização, pode prejudicar o alinhamento estratégico buscado pela equipe de comunicação corporativa ao produzir peças de endomarketing ou qualquer outro material. Outro ponto crucial que dificulta um pouco o trabalho é o processo de ajustes ou refação, que pode ser, em alguns casos, burocrático e demorado.

A lição que fica é a de que cada caso é um caso, por isso a decisão precisa ser tomada pelo gestor levando em conta variáveis que representem bem a realidade e a necessidade da empresa no momento. É preciso avaliar cada cenário individualmente, considerando o segmento de atuação, o tamanho da organização, a quantidade de colaboradores que compõem a equipe de comunicação e, inclusive, a situação financeira da empresa.

Se o tema não for familiar e precisar de dicas sobre o assunto, consulte um profissional de comunicação corporativa.

Gabriel Rocha